Governo Federal investe R$1 bilhão em laboratório de biossegurança único no mundo

0
32
Governo Federal investe R$1 bilhão em laboratório de biossegurança único no mundo
Foto: Divulgação

Governo Federal realiza investimento bilionário em um novo projeto inovador para a ciência. Trata-se do laboratório de biossegurança máxima que será instalado em SP

O Governo Federal anunciou na última sexta-feira (11) mais de R$ 7,89 bilhões em investimentos voltados à ciência, durante a apresentação do novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). Desse total, R$ 1 bilhão está reservado para a construção de Órion, um laboratório de biossegurança máxima que será instalado no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP).

Laboratório de biossegurança permitirá a condução de pesquisa com patógenos

O projeto possui um diferencial em relação às outras 60 instalações do tipo existentes no resto do mundo: este será o primeiro laboratório de biossegurança em todo o mundo a estar conectado a uma fonte de luz síncrotron, o acelerador de partículas Sirius.

Segundo um comunicado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o investimento do Governo Federal possibilitará a condução de pesquisas com patógenos que podem gerar graves doenças e alto grau de transmissibilidade, das classes 3 e 4 conforme a versão mais recente da Classificação de Risco dos Agentes Biológicos.

Leia: Os melhores pacotes de viagens para 2023: onde alugar carros, menor preço e melhores pontos turísticos

Como exemplo de doenças nessas categorias estão o Ebola e aquelas geradas por vírus da Coronaviridae, os coronavírus, como o SARS-CoV-2. Esse é mais um fator de destaque no Laboratório de Biossegurança, visto que não há outra estrutura de biossegurança com essa capacidade em toda a América Latina.

Veja Também:  O Impacto da Pandemia na Indústria Automobilística

Com o investimento do Governo Federal, o Brasil se tornará o terceiro maior país do Continente Americano com condições de monitorar, isolar e pesquisar os agentes biológicos para desenvolver métodos de diagnóstico, vacinas e tratamentos, ficando atrás apenas dos EUA e Canadá.

Empreendimento terá cerca de 20 mil metros quadrados

Indo além de armazenar e manipular amostras biológicas, o laboratório de biossegurança máxima Órion terá acesso exclusivo a três linhas de luz do Sirius, algo que não existe em nenhum outro lugar do mundo. Justamente devido a essa conexão é que o projeto ganhou o nome de Órion, em referência à constelação que abriga a estrela mais brilhante do céu (Sirius), que batizou o acelerador de partículas brasileiro.

Com a construção prevista para ser concluída até 2026, o complexo, que recebeu 1 bilhão em investimentos do Governo Federal, terá cerca de 20 mil metros quadrados. Antes de entrar em atividade plena, entretanto, o Laboratório de Biossegurança deve passar pelo chamado comissionamento técnico e científico, além de ser submetido a certificações internacionais de segurança.

Laboratório capacitará profissionais

Segundo o diretor-geral do CNPEM, Antônio José Roque da Silva, além das instalações laboratoriais em NB3 e NB4 e das estações de pesquisa com técnicas de luz síncrotron, o projeto, que recebeu investimentos bilionários do Governo Federal, deve ainda contar com laboratórios de pesquisa básica, competências avançadas e técnicas analíticas para imagens biológicas, como microscopias eletrônicas e criomicroscopia.

Veja Também:  Explorando Novas Fronteiras: A Ambiciosa Busca da Stellantis por Energia Geotérmica para Impulsionar o mercado de Carros Elétricos

Roque afirma que todas essas competências reunidas em um único complexo é algo que o diferencia de toda a infraestrutura disponível no Brasil e no mundo.

O diretor ainda destaca que, um dos pontos-chave do laboratório de biossegurança está na capacitação de pessoal, que contará com parceria com instituições internacionais de referência e treinamentos no exterior.

Roque explica que o programa estima atividades práticas em ambiente-modelo, onde as equipes passarão por condições simuladas, sem a manipulação de materiais infecciosos ou risco de contágio, sob supervisão de profissionais qualificados.

O diretor revela que, paralelamente às obras e aos desenvolvimentos tecnológicos do projeto, o CNPEM conduzirá um programa nacional de treinamento e capacitação em infraestruturas de alta e máxima contenção biológica, com foco na formação de recursos humanos em competências ainda pouco desenvolvidas no Brasil e em outros países da América Latina.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui